julho 23, 2010

Sem titulo # 26

belezas são coisas acesas por dentro
tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
belezas são coisas acesas por dentro
tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
lágrimas negras caem, saem, doem

julho 22, 2010

Words for you # 22

Seu maior medo naquele momento era ficar sem ele.

Sim aquele menino que nos últimos dois meses havia mudado pequenos detalhes da sua vida, coisas minimas, na qual ela achava que não faziam grande diferença, que passava desapercebido pelas pessoas.

Voltou a valorizar seu sorriso, ele dizia que o encantava, que fazia bem, era uma resposta da sua felicidade.

Mesmo assim o seu medo era como um pequeno fantasma, que ficava a assombrando, porém na última semana ele se tornou um grande medo, passou algumas noites em claro, pensando em qual seria a melhor decisão a se tomar, como agir, o que realmente fazer.

Eu a conheço bem, de certa forma ela estava acuada, em silêncio, seus medos faziam parte dos seus sonhos, que passaram a ser pesadelos.

Hoje ela tomou uma decisão precipitada, resolveu desistir, mas achou que ele nunca falaria as coisas que ela havia ensaiado em seus pensamentos.

Ela ficou sem reação, queria gritar pra todos ouvirem, queria dizer que adora aquele meninos dos seus sorrisos, aquele menino que a estava fazendo tão bem naqueles dois meses, que estar ao lado dele era como um sonho bom, um sonho no qual ela DEFINITIVAMENTE NÃO queria perder, e claro que ela não queria ficar guardando os momentos bons apenas de dois meses e sim de todos os outros que vão vir.

Ela queria apenas ligar e falar: Me desculpa? Desculpa por ser uma tola, por estar perdidamente apaixonada por você, por querer te fazer feliz, por querer ver seu sorriso, por querer acordar ao seu lado por infinitos finais de semana, por quer ouvir que sou SUA todos os dias, por te quer aqui comigo, te querer SÓ pra mim, que estou em suas mãos.

Por querer pegar o telefone agora pela vigésima vez e dessa não largar e te ligar pra falar que te adoro e que tudo o que eu mais queria nesse momento é um abraço e palavras para um sonho bom.


Mas o medo dela era saber o que ele diria agora!

Oi? # 25

Um dia você pensa que é amor. No outro, descobre que é superego.


julho 16, 2010

Words for you # 21

Olhei tanto em seus olhos, tanto, que gravei para que eles aparecessem na memória todas as noites, como uma fotografia que é tirada e ali fica acima de tudo.


julho 13, 2010

Words for you # 20

Eu tenho me preenchido de motivos e razões.
Tenho iluminado o dia e trazido canções que acalentam esse desespero que é amar quando tudo o que circunda meu universo respira ardor.
É esse fogo que me invade e transforma, essa palha seca que se consome vulnerável ao vento que sopra as verdades que arrepiam, as ondas cíclicas que me fazem maré alta e baixa em mim, em você, em pensamentos que transbordam e inudam o dia inteiro de todos os dias.
Eu tenho me preenchido de vida. E ela é muito mais do que a rotina do desejo ou o toque do aperto de mão. Tenho me preenchido do tempo que pulsa na memória e projeta o futuro com o morder dos lábios daquilo que sequer é certo, mas traz a lucidez do momento.

julho 07, 2010

Silêncio # 24

(Silêncio)

-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.

-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.

-Vou te escrever carta e não te mandar.

-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.

-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.

-Vou ver Saturno e me lembrar de você.

-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.

-O tempo não existe.

-O tempo existe, sim, e devora.

-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?

-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.

-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)

-Mas não seria natural.

-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.

-Natural é encontrar. Natural é perder.

-Linhas paralelas se encontram no infinito.

-O infinito não acaba. O infinito é nunca.

-Ou sempre.

(Silêncio)

Words for you # 19

Amor, essa palavra parece ter um novo sentido como se a cada despertar e dormir da lua eu me renovasse e me apaixonasse; não mais e sim de novo! Um amor assim tão sereno que a cada momento vivido é tão bom e vai embaraçando os sentidos dos sonhos, tudo tão real que nos faz querer assim o sempre, sem apuros para enganar os sentidos.

Um tempo tão nosso como a alma transbordando pelo olhar o brilho tão intenso e único, pedindo ao céu que demore de apagar as luzes apenas para dizer até já. Uma voz doce no sopro falando de amor; tão nosso!

Reluz a cada vez que o sol acorda esse sentimento de paz; e o céu me conta todo dia um segredo de como está o amor, se andas triste ele se esconde em algum algodão doce cândido, pois sei que esta ali e aguardo a volta…

E o mais incrível é que não precisa de muitas cores para pintar o céu de amor, nem poucos; basta no quadro um olhar berrante, na verdade mudo.

Replay! Lembro de cada frase solta e das minhas tentativas de desejar amarra-las como balões cheios de ar encantados, só para que não voem e permaneçam mesmo que por pouco tempo comigo.

Mas isso passou, pois agora tenho o que mais preciso sem piruetas:

O Amor!

julho 06, 2010

Words for you # 18

A todo momento presente o presente, para todo o sempre o momento todo.

Eu sinto daqui que mesmo essa fuga para dentro de nós, mesmo as formigas que insistem, mesmo os três guardiões, o vento e as árvores enfim decoram o que eu também vou levar daqui pra frente: teu sono nos meus braços, nossos planos e prazos, o afago do alto, folia.

Abrigo? Nosso chão de pano, nossa casa ambulante.

Sacudindo depois de cada parada o pó do que suja a alma, correndo da chuva e fazendo vendaval em conta-gotas.

Para eu sorrir contigo: juntar os passos no mesmo caminho.

julho 02, 2010

Carícias # 23

Finalmente, eles poderiam se tocar.
Sentir um ao outro, de fato.
Ela despiu-se.
Ele a beijou ternamente.
E sob lençóis brancos e carícias plenas.
A certeza estava concreta e intacta para sempre,a conexão seria de coração, de alma, de eternidade.